Realmente teatro é uma coisa mágica. Neste final de semana fui ao Teatro Carlos Gomes assistir ao musical ‘As Mimosas da Praça Tiradentes’. Que feliz ideia a minha de aceitar a indicação de uma amiga que me dizia a toda hora: - Você não pode perder! Não deixe de ir! Você vai se divertir muito, além de reconstituir, na sua memória, partes de uma história que foi construída naquela praça. A peça tem tudo de bom: humor, cultura, músicas e vozes incríveis, cenário, texto, montagem, direção. Tudo! Tudo maravilhoso.
Diante de tantos elogios, resolvi assistir ao musical. Assim que cheguei ao Carlos Gomes, me vi diante de algo surpreendente: cegos e surdos entravam felizes no teatro. Uma fila de cegos apanhava um aparelho de áudio. Assim que a peça começou, na lateral do teatro, recebendo um leve foco de canhão sobre ela, uma pessoa traduzia a peça com as mãos, em sinais para o público com deficiência auditiva. E percebi, então, que a ideia de ir ao teatro foi mais feliz do que pensava.
Realmente ali havia algo muitíssimo especial. Era a ação do Projeto “Acessibilidade no Teatro Carlos Gomes”, no Rio de Janeiro, um projeto de iniciativa da Lavoro Produções, em parceria com a Prefeitura do Rio e patrocínio da Petrobras. A Lavoro Produções, além de produzir curtas e longas metragens brasileiras, consolida-se no setor cultural como responsável pelo festival internacional “Assim Vivemos”, que é a produção de filmes sobre pessoas portadoras de deficiência. Um belíssimo trabalho!
Diante de tantos elogios, resolvi assistir ao musical. Assim que cheguei ao Carlos Gomes, me vi diante de algo surpreendente: cegos e surdos entravam felizes no teatro. Uma fila de cegos apanhava um aparelho de áudio. Assim que a peça começou, na lateral do teatro, recebendo um leve foco de canhão sobre ela, uma pessoa traduzia a peça com as mãos, em sinais para o público com deficiência auditiva. E percebi, então, que a ideia de ir ao teatro foi mais feliz do que pensava.
Realmente ali havia algo muitíssimo especial. Era a ação do Projeto “Acessibilidade no Teatro Carlos Gomes”, no Rio de Janeiro, um projeto de iniciativa da Lavoro Produções, em parceria com a Prefeitura do Rio e patrocínio da Petrobras. A Lavoro Produções, além de produzir curtas e longas metragens brasileiras, consolida-se no setor cultural como responsável pelo festival internacional “Assim Vivemos”, que é a produção de filmes sobre pessoas portadoras de deficiência. Um belíssimo trabalho!
E muito feliz foi a ideia de escolher o Teatro Carlos Gomes, que fica na Praça Tiradentes, para estrear o projeto de inclusão de pessoas com deficiência visual e auditiva na peça, cujo tema é exatamente a história da Praça Tiradentes. Além de já possuir a sua importância própria – já que o Teatro Municipal Carlos Gomes tem uma trajetória que se confunde com a história do teatro brasileiro – é o único teatro do país a oferecer, nas peças que nele são encenadas, o serviço de acessibilidade total ao público.
A inclusão de pessoas com deficiência visual se faz por meio da audiodescrição e a de pessoas com deficiência auditiva, por meio da Língua Brasileira de Sinais – Libras – e do serviço de legendagem. A audiodescrição oferece informações visuais das cenas, das expressões faciais e corporais, das ações dos personagens, do ambiente, do figurino, dos efeitos especiais, das mudanças de tempo e espaço e da leitura de informações escritas em cenários ou adereços. Ao mesmo tempo, diálogos, músicas e informações sonoras da peça são traduzidos para a linguagem de sinais e legendagem para as pessoas com deficiência auditiva que não usam Libras. Assim, os cegos podem ver com os ouvidos e os mudos podem ouvir com os olhos. Podem rir, chorar, emocionar-se como qualquer um de nós que vai ao teatro.
Vi-me, então, diante de dois espetáculos: do espetáculo do Projeto Acessibilidade que é pura sensibilidade e que deveria ser estendido a todo país e do espetáculo da peça teatral que está realmente esplendorosa. Parabéns aos mentores do projeto! E que nós possamos acessar mais intensa e conscientemente nossas ações para reivindicar acessibilidade total para aqueles que são portadores de necessidades especiais.
A inclusão de pessoas com deficiência visual se faz por meio da audiodescrição e a de pessoas com deficiência auditiva, por meio da Língua Brasileira de Sinais – Libras – e do serviço de legendagem. A audiodescrição oferece informações visuais das cenas, das expressões faciais e corporais, das ações dos personagens, do ambiente, do figurino, dos efeitos especiais, das mudanças de tempo e espaço e da leitura de informações escritas em cenários ou adereços. Ao mesmo tempo, diálogos, músicas e informações sonoras da peça são traduzidos para a linguagem de sinais e legendagem para as pessoas com deficiência auditiva que não usam Libras. Assim, os cegos podem ver com os ouvidos e os mudos podem ouvir com os olhos. Podem rir, chorar, emocionar-se como qualquer um de nós que vai ao teatro.
Vi-me, então, diante de dois espetáculos: do espetáculo do Projeto Acessibilidade que é pura sensibilidade e que deveria ser estendido a todo país e do espetáculo da peça teatral que está realmente esplendorosa. Parabéns aos mentores do projeto! E que nós possamos acessar mais intensa e conscientemente nossas ações para reivindicar acessibilidade total para aqueles que são portadores de necessidades especiais.
A professora Marlene Salgado de Oliveira é mestre em Educação pela UFF, doutorada em Educação pela UNED (Espanha) e membro de diversas organizações nacionais e internacionais.
e-mail: recadodaprofessora@jornalsg.com.br
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